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E tá Bonito

E Sai de casa, vai direto pro trabalho Do trabalho pro boteco, do boteco ele retorna Acorda cedo, entra as Sete e sai as oito Vive fazendo hora extra pra ver se o salário engorda Dona Maria o tempo todo reclama , que o dinheiro não está dando Para as compras do fim do mês Então ele põe a cabeça no travesseiro e lembra que no outro dia Começa tudo outra vez Tem carteira assinada Tem seguro de vida e vale refeição Uma camisa florida, um chinelo de dedo E um samba canção No fim do ano tira férias do trabalho E pensa em descansar como todo bom cidadão Mas o filho toca bateria e ensaia todo dia Então começa a confusão E a mulher não quer passar o mês em casa De tanto encher o saco ele resolve viajar No litoral quando chega está chovendo Que ironia falta água para um banho ele tomar. Tem carteira assinada Tem seguro de vida e vale refeição Uma camisa florida, um chinelo de dedo E um samba canção E tá bonito, tá bonito, E tá bo

Corisco

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Corisco, Etá cabra peitudo! risca a faca no chão Põe medo em todo mundo Esta história aconteceu em São Geraldo, Uma cidadezinha do interior Onde a população era pacata Com a benção de nosso senhor Corisco um dia baixou naquela cidade E o delegado não sabia o que fazer Grande e forte, um cangaceiro de renome Ele fazia o que queria, ninguém ousava interceder (Refrão) Corisco se deleitava com as menininhas E não tinha nem um pouco de pudor Enchia a cara e espancava os mais fracos E nenhum macho a se opor Até que um dia surgiu naquela cidade morena Rita, linda doce, uma donzela Que enfeitiço, aquele matuto, pois de quatro aquele bruto Que ficou gamado nela (Refrão) Morena Rita era gamada em Carneirinho, um pastor que morava naquele lugar E só voltou pra São Geraldo, pra levar aquele homem pro altar Corisco ao fiar sabendo disso, foi ao campo acabar com o pastor No meio do caminho, foi atocaiado, com dois tiros foi jogado Adivinha

Juventude Perdida

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Andando na cidade Só muros grafitados Tantas formas estranha O oculto estampado Juventude perdida De um mundo concreto São tantos horizontes Ninguém sabe qual é o certo O dia já nasceu e os tempos Já mudaram Mas o grito está entalado Na garganta de um povo humilhado Que com o país adormeceu Andando pelas ruas Tropeço no absurdo Um estranho é meu amigo Mas meus olhos, já não podem ver mais Quem são meus inimigos Juventude perdida  De um mundo concreto.

Em Plena Praça da Paz

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Uniram-se faixas e cartazes Estudantes e um ideal Transformar seu povo e o mundo um civismo nunca visto igual Lutaram como puderam uma paciência inigualável mas as armas impediram aconteceu o inacreditável Em pequim Em Plena Praça da Paz não houve paz Munidos de Tanques e Armas Os ditadores daquela nação imagens incompreensíveis de um massacre sem razão Suportaram até onde puderam Um fá inabalável mas as mortes existiram aconteceu o inacreditável Em pequim Em Plena Praça da Paz não houve paz

Capitães de Areia

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Faz frio a noite e a fome nos faz companhia Frias pessoas nos negam esmolas todo dia E os políticos gostam da nossa fotografia Enriquecemos suas campanhas cheias de mentiras  (solo) Se cheiramos cola é pela falta de comida Somos assassinados, nós não somos suicidas Somos reflexo da sua inútil sociedade Estamos espalhados em quase todos os cantos de todas cidades Somos os filhos do progresso Jovens capitães de areia Trombadinhas ou pivetes As crianças sem fronteira